quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Show dia 6 de dezembro
Estaremos lá...
Show do Pepe, baixista do Tomada, lançando seu próprio CD. Com participação de todos nós.
Quinta-feira, 6 de dezembro, 19 h.
Centro Cultural São Paulo. Rua Vergueiro, 1000.
Entrada grátis.
Show do Pepe, baixista do Tomada, lançando seu próprio CD. Com participação de todos nós.
Quinta-feira, 6 de dezembro, 19 h.
Centro Cultural São Paulo. Rua Vergueiro, 1000.
Entrada grátis.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Curta
Puisque tout passe...
poema de Rainer Maria Rilke [1875-1926]
Puisque tout passe, faisons
la mélodie passagère ;
celle qui nous désaltère,
aura de nous raison.
Chantons ce qui nous quitte
avec amour et art ;
soyons plus vite
que le rapide départ.
Ou seja: Como tudo passa, façamos a melodia passageira; aquela que nos inebria terá prefenência. Cantemos o que nos abandona com amor e arte; sejamos mais rápidos que a rápida partida.
Este inspiradíssimo poema, musicado por Paul Hindemith [1895-1963], faz parte do repertório do Madrigal VivArte, o grupo coral de que faço parte. Pra minha sorte!
poema de Rainer Maria Rilke [1875-1926]
Puisque tout passe, faisons
la mélodie passagère ;
celle qui nous désaltère,
aura de nous raison.
Chantons ce qui nous quitte
avec amour et art ;
soyons plus vite
que le rapide départ.
Ou seja: Como tudo passa, façamos a melodia passageira; aquela que nos inebria terá prefenência. Cantemos o que nos abandona com amor e arte; sejamos mais rápidos que a rápida partida.
Este inspiradíssimo poema, musicado por Paul Hindemith [1895-1963], faz parte do repertório do Madrigal VivArte, o grupo coral de que faço parte. Pra minha sorte!
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
O gremista de vermelho!
Gaúcho do Trovão, gremista, em camiseta colorada no ensaio da Cracker Blues.
Quinta, véspera do feriadão da Padroeira, tem Cracker Blues convida Ricardo Alpendre no Willi Willie (ver postagem abaixo).
É aniversário do Tiago, webmaster e artista gráfico, pra lá de envolvido no projeto do terceiro álbum do Tomada, Inevitável, que sai em 2008 e estará comentado neste blog em breve.
Esta semana é Go Cracker Go!
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Cracker Blues me convida
A grande banda Cracker Blues me convida para fazer parte de seu show dia 11 de outubro (quinta-feira, véspera do feriado) a partir das 22h no Willi Willie Bar e arquearia. Alameda dos Pamaris, 30, Moema. O show faz parte do projeto Cracker Blues Convida, em que a banda recebe no palco artistas da cena rock e blues nacional. Desta vez quem terá a honra de estar com eles é este seu croooooooner! Tocaremos algumas músicas pra lá de suculentas do rock'n'roll e rhythm & blues.
Quem sabe, canta; quem sabe muito mais, dança.
Dá-lhe Cracker!!!
sábado, 29 de setembro de 2007
O X do Problema
Assisti ao filme Noel - Poeta da Vila, que conta a história, ou na verdade partes dela, da vida e obra de Noel Rosa. Fui à sessão para imprensa, obviamente para uma apreciação mais musical e iconográfica do que na intenção de ensaiar uma análise nos termos da sétima arte. Mesmo assim, do alto da minha condição de semi-analfabeto cinematográfico, posso afirmar que, enquanto cinema, ele é bom. Ele, o filme, é claro. Não brilhante; apenas bom. Mas bom já é o bastante. O personagem se encarrega do resto. Sim: Ele, Noel Rosa, é brilhante. Ou melhor, não há adjetivos! Idem para o Rio dos anos 1930.
O elenco está muito bem, com destaque para Noel Rapo... digo, Rafael Raposo no papel principal, e para os sambistas envolvidos, principalmente Mário Broder e Wilson das Neves. Este, mais conhecido por ser um consagrado baterista da MPB (Baterista Wilson das Neves chegando a ser subtítulo de um álbum homônimo de Elza Soares), ao representar o motorista profissional e cantor amador Papagaio, deixa como gema semi-lapidada o maior presente do filme ao expectador mais atento: a mais apaixonada e talvez a melhor interpretação gravada da canção que muitos consideram a obra-prima de Noel, "Último Desejo". É a cena em que Noel vai mostrar à mulher de sua vida, Ceci (Camila Pitanga) o seu samba de adeus, e que seria também a despedida da verve criativa de Noel ao mundo. Papagaio canta para Ceci a música de Noel, que está ao violão. Momento sublime. O filme, cuidadosamente ou não, apenas conta, com um texto na tela, a morte de Noel Rosa, pouco tempo depois, vencido pela tuberculose.
Por fim, o filme acerta, embora não pudesse ser diferente, ao se basear em Noel Rosa - Uma Biografia, o livro de João Máximo e Carlos Didier (um dos tijolos mais bem-escritos do planeta Brasil). Mas acerta ou não ao contar partes, embora importantes, mas não a vida de Noel como um todo, pulando arbitrariamente no tempo? O panorama fica completo para quem não leu o livro ou ainda não é familiarizado com a vida e A obra? Não. Contar a história de Noel de Medeiros Rosa em 99 minutos, este é que é o X do problema. Quer saber? Assista, sim. Estréia dia 2 de novembro. Assista, porque mesmo com o pulo de cinco anos, a pouca visibilidade do tão importante parceiro Vadico, e outros pequenos incômodos, você precisa dessa dose cavalar de poesia.
quarta-feira, 18 de julho de 2007
Quinta, 19/7, tem MTV e Mr. Blues
segunda-feira, 18 de junho de 2007
É, João... É Rock!
Cartaz do show com o Tomada, dia 30 de junho.
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Sábado, 16/6, estive em Ribeirão Preto cobrindo o festival João Rock para a revista Paisà. Quando a matéria estiver no site, aviso aqui no blog. Presenciei um momento histórico: o reencontro dos Mutantes com Caetano, quando este entrou no show da banda para uma canja em "Baby". Um momento pra não se esquecer. Show idem.
Revi Joe, Duda e o muito amigo Martin Mendonça, ou seja a banda de Pitty. Estes e ela também deram showzaço. O que foi também o caso do Charlie Brown Jr. Como vocês bem sabem, não tenho a banda do cantor Chorão (o CBJr) entre minhas preferências musicais, mas, tanto pelo show quanto pelo backstage, saí com a conviccão de que se há gente que merece uma verdadeira legião de fãs hoje, Chorão é esse cara. Um cara que zela pelo bem do seu público! De quebra, assistiu ao show dos Mutantes dali da área da imprensa, curtindo até o osso!
A coletiva dos Mutantes, logo após o show, foi curta, cercada de muita expectativa, e qualquer tensão foi sendo quebrada por Sérgio, Arnaldo, Zélia e Dinho, todos super à vontade. Antes de subir para o quarto do hotel, encontrei Dinho Leme no saguão. Gente boníssima! Confirmou para mim a historinha sobre Arnaldo dizendo "Ô, meu, cê sabia que o Dinho é de Rancharia?" para o diretor do Midem em Paris.
Uma das melhores vibes de todos os tempos estava lá em Ribeirão por conta desse festival. Aguardem a matéria, que será boa. Postarei o link pra vocês.
Abraços ao professor Franklin Ruão.
sábado, 26 de maio de 2007
Cartola
Um bom filme reacendeu... reacendeu, não, pois nunca se apagou... Vejamos. Um bom filme trouxe de volta o foco a um amor incondicional e até desmedido pela obra de Cartola.
Costuma-se dizer, e com razão, a partir de seus álbuns dos anos 70 (seus únicos), que o mestre Cartola revelou-se o melhor intérprete dele próprio. Pois aqui está o agora onipresente Cartola a desafiar minha tese de que não há homens que cantam tanto quanto mulheres. Ouvindo o mangueirense neste computador, eu agora deveria estar escrevendo sobre outras coisas. Tenho compromissos a cumprir, mas como não vir aqui ao blog pra falar do Cartola? No filme, que ainda deve estar em cartaz, há pelo menos duas cenas em que não dá pra segurar o rojão e a gente lembra que é ser humano, mortal. Em uma delas, o mestre ao violão cantando "O mundo é um moinho" para o pai, num momento da vida que era de tropeço, de puro revés --torço tanto para eu estar enganado, e para que tenha sido um momento feliz! Em outra, planos do cotidiano carioca e do adeus servem de clip para a gravação de "O inverno do meu tempo". As imagens parecem um caleidoscópio através da água nos olhos, porque, citando Vinícius e Toquinho, "você pode estar certo que vai chorar".
domingo, 6 de maio de 2007
Virada, Virada, Virada!
É uma pena que não tenho tido tempo para atualizar este blog. Nem escrevi sobre a ida ao Rio para a distribuição da revista Paisà, que trata de cinema, e das epopéias maracanosas.
Mas a Virada Cultural em Sampa não vai dar pra passar em branco. Passei pelo Palco Rock perto das sete da noite para ver a segunda metade da apresentação de Percy (ex-Made, Patrulha, Harppia...). A banda, que tem um guitarrista bem anos 80, traz um novo vigor nos arranjos de hits underground do rock Brasil.
Depois de um lanche fui para a fila da atração que eu mais esperava: João Donato no Theatro Municipal às nove da noite. Teoricamente ele iria tocar o álbum A Bad Donato, de 1970, mas transcendeu. Na banda, feríssimas como Robertinho Silva, o batera que toca sorrindo o tempo todo --e que monstro de músico!--, e o trombonista Bocato. Redenção pura que valeu a hora de espera na fila, facilitada pelo encontro com a turma dos cinéfilos malucos, tudo gente da melhor qualidade. Após a surra de Donato e companhia, fomos ao Mercadão Municipal comer. Meu sanduíche de pernil veio com uma aparência de que iria desbancar o do Estadão, mas comeu poeira na disputa, o que constatei após algumas mordidas. Bom de qualquer forma; e o chopp, corretíssimo, cremoso e tudo.
Caminhávamos para sair do Mercadão e, sensacional! O evento mais inusitado da noite: Por causa da Virada o Mercado ficou aberto até altas horas (por isso estávamos lá), tendo inclusive um espetáculo de tango, básico demais. A caminho da saída desse grande centro turístico e gastronômico paulistano, um dos bares ostentava uma TV de plasma widescreen, que como de praxe estava na configuração errada distorcendo a imagem, e o pessoal nem percebe (!). Até aqui eu não disse que o público no lugar incluía famílias inteiras, casais com crianças, vários idosos e tal, programão família, mesmo a essa altura já sendo meia-noite e quarenta. Pois a tal TV de plasma mostrava enorme o programa Sexytime, da TV a cabo, para todo o corredor em que estava aquele bar. Simplesmente estava ligada naquele canal e continuou, e a mulher em seu strip-tease, toda se passando as mãos e... por Júpiter! Já me estendi mais nessa bizarrice do que no showZAÇO do Donato. É que eu ri tanto...
Volta ao Theatro Municipal, volta à fila, desta vez uma hora e meia antes do início do show de Jards Macalé. Pois Jards veio ao palco às três da manhã com ele próprio ao violão, só Arismar do Espírito Santo no baixo, Nenê na bateria e Lanny Gordin na guitarra. Todos eles são monstros e disso eu já sabia, é claro, mas não vou tentar em vão descrever o que aconteceu naquele palco. Só sei que não esquecerei.
Corre para o Palco Rock, a uns duzentos metros dali, que está começando o show do Golpe de Estado. Aí já são 4h25 da manhã. O show não foi longo, mas muito bom! Com o velho Golpão não tem erro, e seguraram a brava bronca de ter que me agradar, por terem que tocar depois de eu ter visto e ouvido alguns dos melhores músicos que vi e verei na vida. Após esse, não corri e não deu tempo de pegar a fila a ponto de entrar novamente no Municipal para o show das seis da manhã da Central Scrutinizer Band (Zappa cover), tocando ao vivo o álbum Overnite Sensation. Paciência. Vi um trecho da perfórmance no telão em frente e, despedindo-me dos cinéfilos, fui para casa andando na direção de um sol nascente maravilhoso, pra dormir de dia, que de sono também se vive.
Mas a Virada Cultural em Sampa não vai dar pra passar em branco. Passei pelo Palco Rock perto das sete da noite para ver a segunda metade da apresentação de Percy (ex-Made, Patrulha, Harppia...). A banda, que tem um guitarrista bem anos 80, traz um novo vigor nos arranjos de hits underground do rock Brasil.
Depois de um lanche fui para a fila da atração que eu mais esperava: João Donato no Theatro Municipal às nove da noite. Teoricamente ele iria tocar o álbum A Bad Donato, de 1970, mas transcendeu. Na banda, feríssimas como Robertinho Silva, o batera que toca sorrindo o tempo todo --e que monstro de músico!--, e o trombonista Bocato. Redenção pura que valeu a hora de espera na fila, facilitada pelo encontro com a turma dos cinéfilos malucos, tudo gente da melhor qualidade. Após a surra de Donato e companhia, fomos ao Mercadão Municipal comer. Meu sanduíche de pernil veio com uma aparência de que iria desbancar o do Estadão, mas comeu poeira na disputa, o que constatei após algumas mordidas. Bom de qualquer forma; e o chopp, corretíssimo, cremoso e tudo.
Caminhávamos para sair do Mercadão e, sensacional! O evento mais inusitado da noite: Por causa da Virada o Mercado ficou aberto até altas horas (por isso estávamos lá), tendo inclusive um espetáculo de tango, básico demais. A caminho da saída desse grande centro turístico e gastronômico paulistano, um dos bares ostentava uma TV de plasma widescreen, que como de praxe estava na configuração errada distorcendo a imagem, e o pessoal nem percebe (!). Até aqui eu não disse que o público no lugar incluía famílias inteiras, casais com crianças, vários idosos e tal, programão família, mesmo a essa altura já sendo meia-noite e quarenta. Pois a tal TV de plasma mostrava enorme o programa Sexytime, da TV a cabo, para todo o corredor em que estava aquele bar. Simplesmente estava ligada naquele canal e continuou, e a mulher em seu strip-tease, toda se passando as mãos e... por Júpiter! Já me estendi mais nessa bizarrice do que no showZAÇO do Donato. É que eu ri tanto...
Volta ao Theatro Municipal, volta à fila, desta vez uma hora e meia antes do início do show de Jards Macalé. Pois Jards veio ao palco às três da manhã com ele próprio ao violão, só Arismar do Espírito Santo no baixo, Nenê na bateria e Lanny Gordin na guitarra. Todos eles são monstros e disso eu já sabia, é claro, mas não vou tentar em vão descrever o que aconteceu naquele palco. Só sei que não esquecerei.
Corre para o Palco Rock, a uns duzentos metros dali, que está começando o show do Golpe de Estado. Aí já são 4h25 da manhã. O show não foi longo, mas muito bom! Com o velho Golpão não tem erro, e seguraram a brava bronca de ter que me agradar, por terem que tocar depois de eu ter visto e ouvido alguns dos melhores músicos que vi e verei na vida. Após esse, não corri e não deu tempo de pegar a fila a ponto de entrar novamente no Municipal para o show das seis da manhã da Central Scrutinizer Band (Zappa cover), tocando ao vivo o álbum Overnite Sensation. Paciência. Vi um trecho da perfórmance no telão em frente e, despedindo-me dos cinéfilos, fui para casa andando na direção de um sol nascente maravilhoso, pra dormir de dia, que de sono também se vive.
sábado, 31 de março de 2007
O rabino que fala engraçado
Meu amigo Jonathan, de Columbus, Ohio, morou dois anos aqui no País do uirapuru e saiu com uma pronúncia do português quase melhor que a minha. Já o rabino Henry Sobel mora aqui desde 1822 e ainda não aprendeu. Ou aquele sotaque exagerado é pra parecer cool?
terça-feira, 27 de março de 2007
Mulheres que Cantam - Vol. 1: JANIS MARTIN
Já se passaram 51 anos. Ela não havia completado dezesseis. Janis Martin chegou à gravadora RCA logo depois de Elvis, e trazida pelo mesmo Steve Sholes, que apostara sua carreira de produtor executivo na contratação do Rei do Rock & Roll. Sholes, ao receber uma fita demo com “Will You, Willyum”, logo contatou os compositores em Richmond, Virginia, de onde viera aquela pérola, para convidar a cantora para gravá-la pela RCA Victor.
1956. Estúdios da RCA em Nashville. Produção de Chet Atkins. Na mesma sessão em que registrou “Will You, Willyum” para seu primeiro single, Janis gravou para o lado B, de sua autoria, “Drugstore Rock ‘n’ Roll”. Quem já esteve em uma festa rocker sabe o incêndio que esta música pode provocar. O gancho do refrão é infalível: “Drugstore’s rockin’, rock-rock; couples are boppin’, bop-bop” e assim por diante, na época em que esta temática, que flerta com o fútil mas tem boa poesia urbana, chegava à plena glória. O termo drugstore não se refere ao que conhecemos como farmácia (alguém se imagina comprando um banana split, pondo moedas na jukebox e dançando em uma drogaria?), mas sim a uma mistura disso com loja de conveniência ou lanchonete, o point.
Nos dois lados do single, Janis mostra que canta com aquele não-sei-o-quê que caracteriza o melhor rockabilly. Em bom português poderíamos chamar de... bossa! --comentei isso com meu amigo Leandro Jack Jeans, cantor de rockabilly, que concordou com o termo em imaculado carioquês, quando admirava a interpretação da moça.
Toda a melhor música, em termos de emoção, é feita de momentos. Os melhores cantores populares, por não serem exatos, também são feitos disso. As cantoras, que são melhores que os cantores, são crias de momentos intensos. Janis Martin foi escolhida para ser a primeira de nossas Mulheres que Cantam principalmente por trechos de “Drugstore Rock ‘n’ Roll”, que a menina, repito, fez aos quinze anos! Já na introdução cantada, “Rock-bop-jump-thump...”, o drive contido na primeira nota inspiraria gerações de seguidoras em um maravilhoso mundinho underground (que hoje é mais forte que em qualquer época). Os finais de cada quadrinha que compõe as estrofes são para se deliciar. Frases como “jitterbug hand-in hand” e a melhor, “and the cats are crying for more”. Quando mostro a gravação para alguns bem-aventurados, chamo a atenção para este trecho (logo após um minuto e meio no mp3 que você irá baixar daqui). Tudo é momento. Quando ela sustenta a nota no “more” é para arrebentar e arrebatar corações. E mais: O “crying” que o precede tem um vértice (como percebeu Rod Rodeio, guitar man do Tomada), que adiciona uma certa dramaticidade àquele momento de alegria absurda, as garotas por toda a pista, e os caras realmente chorando por mais. Na era do rock & roll fazia-se tanto com tão pouco! Ainda é assim, e às vezes ainda é bom.
Janis Martin foi apelidada naquele ano “The Female Elvis” (o equivalente feminino a Elvis), pela RCA, com permissão do próprio Rei. Nos anos seguintes ela gravou vários outros rocks fascinantes, com destaque para “Bang Bang”, de 1958.
Os dois lados do primeiro 45rpm de Janis Martin estão no link abaixo para download, extraídos do CD The Female Elvis: Complete Recordings, 1956-60, que a Bear Family, sempre ela, editou na Alemanha com todas as gravações da primeira cantora de rockabilly.
http://rapidshare.com/files/23048676/cantodocrooner_1.rar.html
Não resisto à tentação de incluir aqui a letra da música “Drugstore Rock ‘n’ Roll” para você acompanhar enquanto ouve, e enquanto ainda estiver na cadeira.
Mais uma vez eu digo: Divirta-se muito! E aguarde a próxima das Mulheres que Cantam aqui neste blog, quando avançaremos umas boas décadas para falar de outra diva. Quem será? Eu já sei. Até breve.
DRUGSTORE ROCK 'N' ROLL
(Janis Martin)
JANIS MARTIN (RCA 47-6491, 1956)
Rock-bop-jump-thump, rock 'n' roll
Drugstore's rockin', rock-rock
Couples are boppin', bop-bop
Jukebox jumpin', jump-jump
Feet keep thumpin', thump-thump
Drugstore's real gone man
Rock-bop-jump-thump, rock 'n' roll
Drugstore on the corner of main
That's where you find all the be-bop gang
The girls fill the jukebox and then demand
The jitterbug hand-in-hand
The boys have crew-cuts under their hats
The girls have leather sweaters, real cool cats
They're always together happy an' hep
Jumpin' to a rock 'n' roll step
Drugstore's rockin', rock-rock
Couples are boppin', bop-bop
Jukebox jumpin', jump-jump
Feet keep thumpin', thump-thump
Drugstore's real gone man
Rock-bop-jump-thump, rock 'n' roll
The records have a slow beat, a fast beat too
As long as they're rockin' any beat will do
Kittens gettin' groovy all over the floor
And the cats are cryin' for more
Take time out for a soda pop
Dig a new record with a lot of bop
Ice cream cones and banana split
Ten jumps ahead of a fit
Drugstore's rockin', rock-rock etc.
1956. Estúdios da RCA em Nashville. Produção de Chet Atkins. Na mesma sessão em que registrou “Will You, Willyum” para seu primeiro single, Janis gravou para o lado B, de sua autoria, “Drugstore Rock ‘n’ Roll”. Quem já esteve em uma festa rocker sabe o incêndio que esta música pode provocar. O gancho do refrão é infalível: “Drugstore’s rockin’, rock-rock; couples are boppin’, bop-bop” e assim por diante, na época em que esta temática, que flerta com o fútil mas tem boa poesia urbana, chegava à plena glória. O termo drugstore não se refere ao que conhecemos como farmácia (alguém se imagina comprando um banana split, pondo moedas na jukebox e dançando em uma drogaria?), mas sim a uma mistura disso com loja de conveniência ou lanchonete, o point.
Nos dois lados do single, Janis mostra que canta com aquele não-sei-o-quê que caracteriza o melhor rockabilly. Em bom português poderíamos chamar de... bossa! --comentei isso com meu amigo Leandro Jack Jeans, cantor de rockabilly, que concordou com o termo em imaculado carioquês, quando admirava a interpretação da moça.
Toda a melhor música, em termos de emoção, é feita de momentos. Os melhores cantores populares, por não serem exatos, também são feitos disso. As cantoras, que são melhores que os cantores, são crias de momentos intensos. Janis Martin foi escolhida para ser a primeira de nossas Mulheres que Cantam principalmente por trechos de “Drugstore Rock ‘n’ Roll”, que a menina, repito, fez aos quinze anos! Já na introdução cantada, “Rock-bop-jump-thump...”, o drive contido na primeira nota inspiraria gerações de seguidoras em um maravilhoso mundinho underground (que hoje é mais forte que em qualquer época). Os finais de cada quadrinha que compõe as estrofes são para se deliciar. Frases como “jitterbug hand-in hand” e a melhor, “and the cats are crying for more”. Quando mostro a gravação para alguns bem-aventurados, chamo a atenção para este trecho (logo após um minuto e meio no mp3 que você irá baixar daqui). Tudo é momento. Quando ela sustenta a nota no “more” é para arrebentar e arrebatar corações. E mais: O “crying” que o precede tem um vértice (como percebeu Rod Rodeio, guitar man do Tomada), que adiciona uma certa dramaticidade àquele momento de alegria absurda, as garotas por toda a pista, e os caras realmente chorando por mais. Na era do rock & roll fazia-se tanto com tão pouco! Ainda é assim, e às vezes ainda é bom.
Janis Martin foi apelidada naquele ano “The Female Elvis” (o equivalente feminino a Elvis), pela RCA, com permissão do próprio Rei. Nos anos seguintes ela gravou vários outros rocks fascinantes, com destaque para “Bang Bang”, de 1958.
Os dois lados do primeiro 45rpm de Janis Martin estão no link abaixo para download, extraídos do CD The Female Elvis: Complete Recordings, 1956-60, que a Bear Family, sempre ela, editou na Alemanha com todas as gravações da primeira cantora de rockabilly.
http://rapidshare.com/files/23048676/cantodocrooner_1.rar.html
Não resisto à tentação de incluir aqui a letra da música “Drugstore Rock ‘n’ Roll” para você acompanhar enquanto ouve, e enquanto ainda estiver na cadeira.
Mais uma vez eu digo: Divirta-se muito! E aguarde a próxima das Mulheres que Cantam aqui neste blog, quando avançaremos umas boas décadas para falar de outra diva. Quem será? Eu já sei. Até breve.
DRUGSTORE ROCK 'N' ROLL
(Janis Martin)
JANIS MARTIN (RCA 47-6491, 1956)
Rock-bop-jump-thump, rock 'n' roll
Drugstore's rockin', rock-rock
Couples are boppin', bop-bop
Jukebox jumpin', jump-jump
Feet keep thumpin', thump-thump
Drugstore's real gone man
Rock-bop-jump-thump, rock 'n' roll
Drugstore on the corner of main
That's where you find all the be-bop gang
The girls fill the jukebox and then demand
The jitterbug hand-in-hand
The boys have crew-cuts under their hats
The girls have leather sweaters, real cool cats
They're always together happy an' hep
Jumpin' to a rock 'n' roll step
Drugstore's rockin', rock-rock
Couples are boppin', bop-bop
Jukebox jumpin', jump-jump
Feet keep thumpin', thump-thump
Drugstore's real gone man
Rock-bop-jump-thump, rock 'n' roll
The records have a slow beat, a fast beat too
As long as they're rockin' any beat will do
Kittens gettin' groovy all over the floor
And the cats are cryin' for more
Take time out for a soda pop
Dig a new record with a lot of bop
Ice cream cones and banana split
Ten jumps ahead of a fit
Drugstore's rockin', rock-rock etc.
Barbarizando Araraquara e Catanduva
Tomada, sua banda de rock, estará na noite de 30 de março, sexta-feira, em Araraquara, no Almanaque bar. E sábado, 31, no Clube dos 300 em Catanduva, dividindo a noitada roqueira com a banda The Midnight Ramblers que faz Stones cover.
quinta-feira, 8 de março de 2007
Morengueira da Singuilva
Há tanto tempo não escrevo para meu blog que vocês devem pensar que ele está abandonado.
É engraçado que hoje, por coincidência Dia Internacional dElas, ouço o politicamente incorreto cantado na voz do querido Moreira da Silva, o Kid Morengueira, em gravação dos últimos dias daquela tal malandragem carioca. "Na subida do morro me contaram que você bateu na minha nêga". Até aí tudo bem, o drama pertence à narrativa. Mas "Isso não é direito, bater numa mulher que não é sua" foi dose. Gargalhadas proibidas... Quer dizer que se fosse sua tudo bem? Haha! Autores deste opus insano: o próprio Morengueira e Ribeiro da Cunha. Não sabemos qual dos dois foi o letrista. Perde-se no tempo a questão ideológica e de costumes. Não vou entrar no âmbito criminal aqui. A música é "Na Subida do Morro", e é muito legal independente do conteúdo bizarro da letra, onde a violência vai muito além da surra na mulher, pois há a vingança, e é bem violenta.
Foi engraçado ouvir aquela frase em um dia com tantos significados.
Mudando de assunto, mas meio que no mesmo (do dia). Por falta de tempo ainda não iniciei, mas aguardem para breve a série "Mulheres que cantam", que aparecerá eventualmente neste blog. Textos deste apreciador do bem escrito e do bem cantado, em devoção a divas populares em um momento específico. Só as maravilhosas e o que elas fazem com suas vozes.
Até breve.
É engraçado que hoje, por coincidência Dia Internacional dElas, ouço o politicamente incorreto cantado na voz do querido Moreira da Silva, o Kid Morengueira, em gravação dos últimos dias daquela tal malandragem carioca. "Na subida do morro me contaram que você bateu na minha nêga". Até aí tudo bem, o drama pertence à narrativa. Mas "Isso não é direito, bater numa mulher que não é sua" foi dose. Gargalhadas proibidas... Quer dizer que se fosse sua tudo bem? Haha! Autores deste opus insano: o próprio Morengueira e Ribeiro da Cunha. Não sabemos qual dos dois foi o letrista. Perde-se no tempo a questão ideológica e de costumes. Não vou entrar no âmbito criminal aqui. A música é "Na Subida do Morro", e é muito legal independente do conteúdo bizarro da letra, onde a violência vai muito além da surra na mulher, pois há a vingança, e é bem violenta.
Foi engraçado ouvir aquela frase em um dia com tantos significados.
Mudando de assunto, mas meio que no mesmo (do dia). Por falta de tempo ainda não iniciei, mas aguardem para breve a série "Mulheres que cantam", que aparecerá eventualmente neste blog. Textos deste apreciador do bem escrito e do bem cantado, em devoção a divas populares em um momento específico. Só as maravilhosas e o que elas fazem com suas vozes.
Até breve.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2007
I Love To Singa
Dia desses meu irmão me chamou para ver cartoons criados por Tex Avery. Os que assisti são todos muito, muito bons. Mas o melhor pra mim foi este, "I Love to Singa", que brinca com o Al Jolson de The Jazz Singer. Veja que nome maravilhoso o do bebê coruja, o crooner!
Produzido em 1936, esta versão é de um relançamento que teve os créditos originais substituídos por uma vinheta genérica, por isso não se lê que foi escrito e dirigido por Fred "Tex" Avery. Este é um dos primeiros trabalhos da fera.
Divirta-se muito!
sábado, 3 de fevereiro de 2007
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007
Mineiro coadjuvante, Fredson protagonista. Oh, vida!
O título acima é até um bocado benevolente! Pobre Mineiro... será coadjuvante, quando não figurante, na Liga Alemã, que por sua vez é coadjuvante no mundo.
Até nosso humilde cenário futebolístico, com seu nível técnico nota 4,25, pra mim tem mais representatividade, maiores clubes (falidos, mas gigantes) e mais vida que o certame que disputa o Hertha Berlim. Rico Mineiro... vai ganhar mais grana lá. Nada mais.
Para se ter uma idéia da importância desse jogador, a primeira ação estratégica do Internacional para vencer as finais da última Copa Libertadores foi tirar Mineiro de combate com falta desleal, tarefa que coube ao volante Edinho, executada logo aos três minutos da primeira partida. E Mineiro é tão insubstituível, e tão aguerrido, que ainda atuou as duas partidas inteiras com a séria contusão, e quase venceu!
Quem será protagonista agora, no lugar do Mineiro, é Fredson. Em um clube protagonista em tudo o que disputa, realidade diferente do Hertha. É ou não é de lascar?
Até nosso humilde cenário futebolístico, com seu nível técnico nota 4,25, pra mim tem mais representatividade, maiores clubes (falidos, mas gigantes) e mais vida que o certame que disputa o Hertha Berlim. Rico Mineiro... vai ganhar mais grana lá. Nada mais.
Para se ter uma idéia da importância desse jogador, a primeira ação estratégica do Internacional para vencer as finais da última Copa Libertadores foi tirar Mineiro de combate com falta desleal, tarefa que coube ao volante Edinho, executada logo aos três minutos da primeira partida. E Mineiro é tão insubstituível, e tão aguerrido, que ainda atuou as duas partidas inteiras com a séria contusão, e quase venceu!
Quem será protagonista agora, no lugar do Mineiro, é Fredson. Em um clube protagonista em tudo o que disputa, realidade diferente do Hertha. É ou não é de lascar?
terça-feira, 16 de janeiro de 2007
Queen... Simplesmente Queen.
Se há algo, em música, que me faz esquecer completamente, por momentos, meus amados e idolatrados anos 50 e derivados (ou seja, a era do Rock & Roll), este é o Queen! Na picape está rolando agora Jazz, o álbum de 1978. Que arregaço! Sem piedade!
Eu acabara de completar meus onze anos quando meu irmão ganhou o LP de Natal. Eu já o havia visto em lojas, mas parecia, para mim, como o "disco proibido". Afinal era um disco "de jazz", e jazz não era pra mim (!!!). Era para aqueles intelectuais que eu nem sabia denominar. Jazz era coisa antiga, não? E quando abrimos a capa, Freddie deitado sobre o piano, Brian (desde sempre um ídolo) acenando a certa distância. Nos outros dois, nem reparei no começo. Daí vinha aquele papel rosa choque, com as mulheres peladas em bicicletas. No Natal da família... Que disco maluco! Freddie, que canta tão bem, entra arrasando, mas é num tema das Arábias em "Mustapha"... Foi meio difícil acostumar. Até certo dia, não sei quando, ele foi pra mim um álbum apenas bom. Eu não o entendi tão bem de primeira. Como não entendi de prima o porquê de um disco que não era de jazz chamar-se Jazz -- e não entendo muito bem até hoje, a não ser pela imponência e qualidade estética do nome.
Décadas e meia depois, posso afirmar que não há, no mundo, música melhor do que a que sai desses sulcos. E que não há no mundo encarte de disco melhor que o pôster das "fat bottomed girls" prontas para uma "bicycle race", temas que se entrelaçam nas canções com esses nomes. Jazz é tão escancarado! Acredito que o seja mais do que qualquer outro do Queen. Tem tanto feeling nele, digo aquele feeling à mostra, não interior. Digo feridas expostas. É tanto disso que ele é quase americano. Mas ainda assim é inglês, porque os cuidados com a elaboração, com a sofisticação, estão muito mais presentes aqui do que nos outros discos tão sentimentais quanto este de outros artistas (excetuando-se, claro, a música erudita, que é outro mundo). A temática é explorada com o coração aberto, não há pudor e não há falsidade. "Jelousy" é uma canção quase impossível, pelo tal escancaro: nenhum outro inglês... Mas Freddie é de Zanzibar, Tanzânia... Então nenhum inglês... Nenhum! E a lírica é perfeita, irresistível; poética até nos momentos chulos (aí a Inglaterra, a Europa). "Queimando pelos céus. 200 graus, por isso chamam-me Sr. Fahrenheit!", canta Freddie Mercury, como ele mesmo escreveu em "Don't Stop Me Now".
Todos compõem obscenamente bem no Queen. John e Roger, com autorias menos freqüentes, só dão tiros certos, embora às vezes curvos, sempre belos ou extravagantes. Brian é como Freddie: ora safado; ora delicado. Um dos grandes caras da guitarra elétrica.
Valei-me! More of that Jazz, sempre!
Eu acabara de completar meus onze anos quando meu irmão ganhou o LP de Natal. Eu já o havia visto em lojas, mas parecia, para mim, como o "disco proibido". Afinal era um disco "de jazz", e jazz não era pra mim (!!!). Era para aqueles intelectuais que eu nem sabia denominar. Jazz era coisa antiga, não? E quando abrimos a capa, Freddie deitado sobre o piano, Brian (desde sempre um ídolo) acenando a certa distância. Nos outros dois, nem reparei no começo. Daí vinha aquele papel rosa choque, com as mulheres peladas em bicicletas. No Natal da família... Que disco maluco! Freddie, que canta tão bem, entra arrasando, mas é num tema das Arábias em "Mustapha"... Foi meio difícil acostumar. Até certo dia, não sei quando, ele foi pra mim um álbum apenas bom. Eu não o entendi tão bem de primeira. Como não entendi de prima o porquê de um disco que não era de jazz chamar-se Jazz -- e não entendo muito bem até hoje, a não ser pela imponência e qualidade estética do nome.
Décadas e meia depois, posso afirmar que não há, no mundo, música melhor do que a que sai desses sulcos. E que não há no mundo encarte de disco melhor que o pôster das "fat bottomed girls" prontas para uma "bicycle race", temas que se entrelaçam nas canções com esses nomes. Jazz é tão escancarado! Acredito que o seja mais do que qualquer outro do Queen. Tem tanto feeling nele, digo aquele feeling à mostra, não interior. Digo feridas expostas. É tanto disso que ele é quase americano. Mas ainda assim é inglês, porque os cuidados com a elaboração, com a sofisticação, estão muito mais presentes aqui do que nos outros discos tão sentimentais quanto este de outros artistas (excetuando-se, claro, a música erudita, que é outro mundo). A temática é explorada com o coração aberto, não há pudor e não há falsidade. "Jelousy" é uma canção quase impossível, pelo tal escancaro: nenhum outro inglês... Mas Freddie é de Zanzibar, Tanzânia... Então nenhum inglês... Nenhum! E a lírica é perfeita, irresistível; poética até nos momentos chulos (aí a Inglaterra, a Europa). "Queimando pelos céus. 200 graus, por isso chamam-me Sr. Fahrenheit!", canta Freddie Mercury, como ele mesmo escreveu em "Don't Stop Me Now".
Todos compõem obscenamente bem no Queen. John e Roger, com autorias menos freqüentes, só dão tiros certos, embora às vezes curvos, sempre belos ou extravagantes. Brian é como Freddie: ora safado; ora delicado. Um dos grandes caras da guitarra elétrica.
Valei-me! More of that Jazz, sempre!
quinta-feira, 11 de janeiro de 2007
É por essas e outras...
O Locutor Bilíngüe
...Que a gente sabe que a vida foi feita pra ser de alegria. Esse locutor de rádio, destilando seu inglês neo-shakespeareano de Oxford, é o mensageiro da felicidade!
...Que a gente sabe que a vida foi feita pra ser de alegria. Esse locutor de rádio, destilando seu inglês neo-shakespeareano de Oxford, é o mensageiro da felicidade!
sexta-feira, 5 de janeiro de 2007
Por que tão poucos conhecem os Jesters?
JESTERS OF DESTINY
FUN AT THE FUNERAL
Dimension Records (Metal Blade), EUA, 1986
Jesters Of Destiny, essa curiosa banda californiana. A eles foi dado o rótulo “alternative metal”, bem antes de isso virar um sub-gênero. Por quê? Eles não se encaixavam em nenhum gênero em particular, nem no hoje clássico heavy metal de sua época e do selo Metal Blade (que os havia lançado em sua série Metal Massacre com a faixa “End of Time”, presente aqui). Também não fariam parte da cena hard-rock de L.A.: sua inquietação excedia, de longe, aqueles limites. Além do mais, as composições, apesar da cara pop, eram quase todas inviáveis no rádio, até pelos tímidos elementos progressivos, com exceção para “Diggin’ That Grave”, faixa de abertura deste LP. Um disco pouco sujeito a rótulos. Nem mesmo o estilo que, anos mais tarde, viria a se chamar “alterna-metal” e suas variações têm ligação com o som dos Jesters.
Após Fun at the Funeral, eles lançaram um EP só com covers, In a Nostalgic Mood (grande título), também antes de essa prática ser moda, e debandaram, deixando ainda um segundo álbum não-lançado.
Fun at the Funeral ficou como testamento definitivo dos Jesters, um álbum sem paralelo em sua época. Aliás, sem época. Talvez por isso naufragou comercialmente, servindo apenas aos felizardos ouvidos de uns poucos aventureiros do rock pesado.
Para ouvir Fun at the Funeral, baixe os mp3 da edição em CD, em duas partes:
http://rapidshare.com/files/10123647/Jesters_of_Destiny_-__1984__Fun_at_The_Funeral_-_album_e_arte.rar
http://rapidshare.com/files/10280972/Jesters_of_Destiny_-__1984__Fun_at_The_Funeral_-_bonus_tracks.rar
Obs.: Apesar de os nomes dos arquivos listarem 1984, o álbum é mesmo de 1986. Ah... Quem se importa, afinal? Seria um estranho no ninho em qualquer época!
FUN AT THE FUNERAL
Dimension Records (Metal Blade), EUA, 1986
Jesters Of Destiny, essa curiosa banda californiana. A eles foi dado o rótulo “alternative metal”, bem antes de isso virar um sub-gênero. Por quê? Eles não se encaixavam em nenhum gênero em particular, nem no hoje clássico heavy metal de sua época e do selo Metal Blade (que os havia lançado em sua série Metal Massacre com a faixa “End of Time”, presente aqui). Também não fariam parte da cena hard-rock de L.A.: sua inquietação excedia, de longe, aqueles limites. Além do mais, as composições, apesar da cara pop, eram quase todas inviáveis no rádio, até pelos tímidos elementos progressivos, com exceção para “Diggin’ That Grave”, faixa de abertura deste LP. Um disco pouco sujeito a rótulos. Nem mesmo o estilo que, anos mais tarde, viria a se chamar “alterna-metal” e suas variações têm ligação com o som dos Jesters.
Após Fun at the Funeral, eles lançaram um EP só com covers, In a Nostalgic Mood (grande título), também antes de essa prática ser moda, e debandaram, deixando ainda um segundo álbum não-lançado.
Fun at the Funeral ficou como testamento definitivo dos Jesters, um álbum sem paralelo em sua época. Aliás, sem época. Talvez por isso naufragou comercialmente, servindo apenas aos felizardos ouvidos de uns poucos aventureiros do rock pesado.
Para ouvir Fun at the Funeral, baixe os mp3 da edição em CD, em duas partes:
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http://rapidshare.com/files/10280972/Jesters_of_Destiny_-__1984__Fun_at_The_Funeral_-_bonus_tracks.rar
Obs.: Apesar de os nomes dos arquivos listarem 1984, o álbum é mesmo de 1986. Ah... Quem se importa, afinal? Seria um estranho no ninho em qualquer época!
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